24 de mar. de 2011

O paciente de Berlim é curado da infecção por HIV

              Um transplante de sangue muito pouco comum parece ter curado um americano que vive em Berlim da infecção do vírus do HIV, embora os médicos alertem que esse método ainda não possa ser usado de maneira ampla.
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                O homem, que tem cerca de 40 anos, teve um transplante de sangue de células-tronco em 2007 para tratar leucemia. Seu doador era não apenas de um tipo sanguíneo compatível com o seu como também tinha uma mutação gênica que fazia com que ele fosse resistente ao HIV.

Timothy Ray Brown, o 'paciente de Berlim'

Agora, três anos depois, o 'paciente de Berlim', como ficou conhecido Timothy Ray Brown não mostra nenhum sinal de leucemia ou infecção por HIV, de acordo com um relatório divulgado pela revista Blood.
"É uma demonstração interessante de que com medidas extraordinárias um paciente pode ser curado do HIV", mas até o momento é uma terapia muito arriscada para se tornar comum, pois é difícil até mesmo encontrar doadores compatíveis, disse Michael Saag da Universidade de Alabama.
Transplantes de medula óssea - ou, mais comumente hoje em dia, de células tronco - são feitos para tratar câncer, e seu risco se realizados em pessoas saudáveis é desconhecido. Esse tratamento envolve a destruição completa do sistema imunológico do receptor com medicamentos e radiação, e somente então sua substituição com células de doadores que desenvolverão um novo sistema imunológico. A taxa de mortalidade ou complicações desse procedimento podem ser 5% maiores que nos procedimentos tradicionais, disse Saag.
                    "Não podemos aplicar esse procedimento em indivíduos saudáveis pois o risco é muito alto", afirmou Saag. Quando o 'paciente de Berlim' apareceu pela primeira vez há dois anos, Anthony Fauci, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, afirmou que o procedimento era muito caro e arriscado para se tornar prático como um tipo de cura, mas que pode dar dicas sobre como usar a terapia genética e outros métodos para chegar ao mesmo resultado.

Fonte: estadão.com.br

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