O homem, que tem cerca de 40 anos, teve um transplante de sangue de células-tronco em 2007 para tratar leucemia. Seu doador era não apenas de um tipo sanguíneo compatível com o seu como também tinha uma mutação gênica que fazia com que ele fosse resistente ao HIV.
Timothy Ray Brown, o 'paciente de Berlim'
"É uma demonstração interessante de que com medidas extraordinárias um paciente pode ser curado do HIV", mas até o momento é uma terapia muito arriscada para se tornar comum, pois é difícil até mesmo encontrar doadores compatíveis, disse Michael Saag da Universidade de Alabama.
Transplantes de medula óssea - ou, mais comumente hoje em dia, de células tronco - são feitos para tratar câncer, e seu risco se realizados em pessoas saudáveis é desconhecido. Esse tratamento envolve a destruição completa do sistema imunológico do receptor com medicamentos e radiação, e somente então sua substituição com células de doadores que desenvolverão um novo sistema imunológico. A taxa de mortalidade ou complicações desse procedimento podem ser 5% maiores que nos procedimentos tradicionais, disse Saag.
"Não podemos aplicar esse procedimento em indivíduos saudáveis pois o risco é muito alto", afirmou Saag. Quando o 'paciente de Berlim' apareceu pela primeira vez há dois anos, Anthony Fauci, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, afirmou que o procedimento era muito caro e arriscado para se tornar prático como um tipo de cura, mas que pode dar dicas sobre como usar a terapia genética e outros métodos para chegar ao mesmo resultado.
Fonte: estadão.com.br
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